RARUS – SAÚDE MENTAL – Escola e Clínica de Psicanálise

Apego seguro

Você já ouviu falar do Apego Seguro? Pois bem… Ele vem nos confirmar que tudo é mesmo equilíbrio no Universo, e não seria diferente na relação de apego entre a mãe e seu bebê. 

O Apego Seguro trata da capacidade que a mãe (ou a figura principal de apego) tem de responder às demandas da criança de maneira sensível e estável. Sensível: com percepção aguçada e atenta para as necessidades do infante; Estável: de forma emocionalmente equilibrada e com presença constante.

Nem negligência às demandas dos pequenos, nem paranoia que sufoca, nem tampouco lançar sobre eles nossos desequilíbrios emocionais… Somente a sensibilidade de senti-los ao ponto de dar respostas coerentes às suas questões, e a estabilidade da presença tranquila, que está sempre por ali, para quando a criança precisar.

O apego seguro é extremamente importante para o desenvolvimento infantil, pois ele é o resultado de uma alta sincronia entre as demandas biológicas e psicossociais do bebê e a resposta eficaz da mãe. 

Pesquisas sobre os efeitos do apego seguro apontam para preditores importantes no desenvolvimento da criança, quando este vínculo positivo acontece:

  • Melhor ajuste psicológico às situações de conflito;
  • Maior internalização das regras instituídas por pais e mães;
  • Raciocínio mais maduro e autônomo na adolescência;
  • Boa autoestima;
  • Ajuste social positivo, no estabelecimento de relações para além da família…

Outro fator muito interessante relativo ao apego seguro é o fato de que ele oferece à criança uma maior segurança emocional para exploração de novos espaços e situações, pois ela não necessita dispender recursos cognitivos para comprovar a disponibilidade de algum adulto responsável durante sua atividade, porque já sabe e sente que pode contar com o seu cuidador. Dessa forma, a criança pode utilizar sua energia para outros processos cognitivos que poderão ocorrer no momento, gerando descobertas, aprendizagem e crescimento.

Não é isso que queremos para nossos pequenos? Estejamos atentos, portanto, a como estamos estabelecendo nossa relação de apego com nossos filhos. E atenção: os processos de educação deles sempre convergem para a nossa autoeducação. Se estamos equilibrados internamente, oferecemos isso às crianças e elas terão esse modelo de ação como referência, ao longo de sua jornada.